RESENHA: X-MEN Apocalipse - O filme é bom?
O filme estreou no dia 18 de maio
e hoje (04/06) assisti e vou confessar que nunca tinha assistido a uma sequência
do filme. Estava sem expectativa sobre esse filme. Não tinha assistido trailer
e nem lido nada sobre o mesmo. Cheguei no cinema e o filme é maravilhoso, pois engloba:
ação, comédia, drama. Separei uma crítica do site OMELETE para mostrar para
vocês um pouco sobre o filme. Vale a pena assistir:
Também conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac)
é o mutante original. Após milhares da anos, ele volta a vida disposto a
garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Ele seleciona quatro
Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn),
Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o
professor Charles Xavier (James McAvoy) conta com uma série de novos alunos,
como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi
Smit-McPhee), além de caras conhecidas como Mística (Jennifer Lawrence), Fera
(Nicholas Hoult) e Mercúrio (Evan Peters), para tentar impedir o vilão.
Crítica do site OMELETE:
“Pelo menos concordamos que o terceiro filme é sempre o pior”,
diz uma jovem Jean Grey ao sair de uma sessão de O Retorno de
Jedi. A piadinha é um aceno para X-Men: O Confronto Final (2006), a conclusão da primeira
trilogia dos mutantes dirigida por Brett Ratner. Em X-Men: Apocalipse, que encerra a segunda fase da
franquia no cinema, Bryan Singer evita,
ainda que a um certo custo, a repetição dessa sina. O diretor retorna ao
universo que criou em 2000 para abraçar as possibilidades deixadas por Dias de Um
Futuro Esquecido e
concluir a nova jornada com muito mais dignidade para os filhos do átomo.
A cena de abertura é imponente. Apocalipse (Oscar Isaac) é revelado
com pompa egípcia para situar a parte religiosa da trama em uma época em que a
mutação era vista como superioridade divina, não genética. É em 1983, porém,
que o filme encontra a sua grandiosidade. No contraste entre entre o mundano e
o fantástico da busca dos jovens Ciclope (Tye Sheridan), Jean
Grey (Sophie Turner), Noturno
(Kodi Smit-McPhee) e
Cia. para controlar suas habilidades e continuar integrados ao mundo, com
direito a passeios no shopping e idas ao cinema, está o verdadeiro espírito dos
X-Men. Aprende-se mais sobre os personagens pela simples interação entre alunos
e professores da Escola Xavier para Jovens Superdotados, pela cumplicidade
entre os mutantes na sua busca por aceitação (dos outros e de si mesmos), do
que em momentos grandiloquentes.
Uma pena então que grande parte das cenas
envolvendo esse cotidiano, prometidas no material de divulgação, tenha ficado
de fora do filme - Jubileu (Lana Condor), por
exemplo, é mais um easter egg do que uma personagem. Singer e o produtor/roteirista Simon Kimberg justificam
os cortes para dar coesão à trama. A falha em desenvolver corretamente o arco
de Apocalipse, porém, que começa com contornos religiosos para terminar em uma
busca vazia por poder, desequilibra essa proposta. O vilão, apesar da promessa
de uma narrativa complexa, está lá apenas para justificar a criação dos X-Men
em um mundo que se tornou otimista demais depois das ações de Mística (Jennifer Lawrence) ao
final e Dias de Um Futuro Esquecido.
Xavier (James McAvoy) vê a
possibilidade de uma universidade integrada para mutantes e não mutantes. Sua
escola é um caminho para educação, não a formação de heróis. Para mudar essa
lógica, Apocalipse desperta do seu sono milenar para mostrar que ameaças sempre
existirão e é preciso estar preparado. Um longo caminho é percorrido para essa
conclusão simples, o que tira o peso dos dramas de cada personagem. O
sofrimento existe apenas para levar do ponto A ao ponto B, sem consequências.
A imersão na trama também é prejudicada pela
forçada resistência de alguns mutantes em assumirem suas verdadeiras formas.
Hank McCoy convenientemente continua a ter sucesso no uso do soro para não
esconder por tanto tempo o rosto de Nicholas Hoult sob
a maquiagem do Fera (sendo que grande parte da história do personagem nos
quadrinhos está ligada a luta entre a sua forma bestial e o seu intelecto
superior). Para deixar Jennifer Lawrence livre da maquiagem azul por boa parte
do filme, Mística tem como desculpa a sua resistência a ser reconhecida como a
heroína que frustrou os planos de Magneto (Michael Fassbender).
Sua habilidade de mudar de forma é usada apenas pontualmente, com seu arco
focado na relutância em ser uma líder para os mutantes.
A transformação de Mística em heroína até
encontra justificativa dentro dessa nova trilogia dos X-Men no cinema, mas a
figura de Lawrence não deveria ser maior que a personagem. Já Oscar Isaac, na
pele do vilão-título, se esforça para criar vida sob quilos de maquiagem e
figurino. Uma a atuação que torna mais forte o desejo de que Apocalipse não
fosse retratado de forma tão ingênua. Sua condição de falso deus poderia
representar questionamentos para os jovens mutantes, ou pelo menos para os seus
escolhidos cavaleiros. Tanto poder os torna melhores que reles mortais? Ou esse
poder os torna responsáveis pelos menos “habilidosos”? Os conceitos,
entretanto, são apenas apresentados. O desenvolvimento emocional não
chega aos personagens e Singer acaba com dois filmes em mãos - a origem dos
X-Men e o renascimento de Apocalipse - sem atingir verdadeiramente o potencial
de nenhum.
Seria um erro fatal não fosse a certeira
escolha do elenco. James McAvoy, Michael Fassbender, Oscar Isaac, e os jovens Sophie Turner, Tye
Sheridan, Alexandra Shipp (Tempestade), Ben Hardy (Anjo), Kodi Smit-McPhee e Rose Byrne (Moira
Mactaggert) dão profundidade aos seus personagens, compensando as falhas na
transição entre o lado leve e sombrio do filme. As únicas baixas são Psylocke,
perfeitamente escalada em Olivia Munn e
desperdiçada em um papel reduzido a três ou quatro palavras e muitas caras e
bocas; e a alardeada participação de Wolverine (Hugh Jackman),
justificada em um fan service bem construído, mas prejudicada pelo desgaste do
personagem no cinema.
Além de contar com um bom elenco, Singer
sabe criar momentos empolgantes, como a luta de mutantes em uma jaula no centro
de um antigo teatro da Berlim Oriental, a evolução dos poderes de Magneto ou a
já obrigatória cena com Mercúrio, que continua a roubar o filme para si graças
a combinação da engenhosidade dos efeitos visuais com o carisma de Evan Peters. Também se
destaca o conjunto visual, com figurinos e cenários aproveitando o contexto da
década de 80 para se aproximar dos quadrinhos sem apelar para o cartunesco. Um
filme, porém, não pode ser feito apenas de partes acima da média. É o elo entre
tudo que faz a diferença.
Se não cumpre a expectativa em torno dos voo
que alça, X-Men: Apocalipse ao menos tem o suficiente para cumprir seu papel
como fonte de entretenimento. O filme deixa os mutantes mais próximos do seu
potencial nas telas, sendo coerente com o caminho traçado desde Primeira Classe. A franquia
agora precisa se agarrar a essa perspectiva positiva para cimentar seu universo
no cinema. A Fox tem planos de seguir o modelo do Marvel Studios e para tanto
precisa colocar os X-Men em movimento. Chega de histórias de origens (o tema de
três dos seis filmes) ou correções da linha temporal.
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