RESENHA CRÍTICA: Brad Pitt vai para o universo sideral em Ad Astra
SINOPSE:
Ad Astra é um filme de drama, aventura e ficção científica americano, produzido, co-escrito e dirigido por James Gray. Estrelado por Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga, Liv Tyler e Donald Sutherland, conta a história de um astronauta que parte para além dos limites do sistema solar em busca do seu pai e duma solução para impedir uma perigosa experiência que ameaça a raça humana.
O projeto foi anunciado no início de 2016, com Gray explicando que queria criar "a representação mais realista das viagens espaciais que foi colocada num filme". Brad Pitt assinou contrato para protagonizar no papel principal em abril de 2017, e o resto do elenco se juntou no final daquele mesmo ano. As filmagens começaram em Los Angeles, em Agosto, durando até Outubro.
Ad Astra teve a sua estreia mundial no Festival de Veneza a 29 de agosto de 2019 e está programado para ser lançado nos Estados Unidos a 20 de setembro de 2019 pela 20th Century Fox. Recebeu críticas positivas dos críticos, com cerca de 83% de aprovação no website Rotten Tomatoes, e vários elogios unânimes sobre o desempenho de Brad Pitt.
O filme tinha previsão de lançado no início deste ano, mas foi adiada para maio,
depois que o acordo entre a Disney e a Fox foi oficializado.
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Acabou sendo uma jogada inteligente e o Ad Astra provou valer a espera. Impulsionada por uma das melhores performances de Brad Pitt, é uma viagem emocionante e instigante pelo espaço - e um dos melhores filmes do ano. Situado num futuro próximo ("um tempo de esperança e conflito", de acordo com a tela de abertura), Ad Astra segue o astronauta Roy McBride (Pitt), que se sente muito mais à vontade no espaço, isolado da humanidade, do que com sua esposa Eve ( Liv Tyler).
Enquanto trabalha na Antena Espacial Internacional, Roy está envolvido em um grande
incidente causado por "The Surge", uma série de tempestades elétricas que poderiam
ameaçar a humanidade se deixadas sem controle. Acontece que tudo poderia estar ligado
ao pai de Roy, Clifford McBride (Tommy Lee Jones), que desapareceu há 16 anos enquanto
realizava o Projeto Lima, que pretendia provar a existência de vidas inteligentes em outros
planetas. Então Roy parte em uma jornada para descobrir exatamente o que aconteceu com
seu pai e se ele descobriu os segredos do universo.
As cenas na lua são fantásticas, já que a vida lá não é mais um sonho, e sim uma realidade
bem próxima, com pessoas pagando para viajar de ' foguete' para ir à lua por semanas, um
belo aeroporto, com metrô, lojas e uma cidade já povoada. Vocês devem está perguntando
como anda a Terra, não é mesmo? Parece que tudo está da melhor forma possível, o filme
não aborda um fim do mundo, com pessoas migrando incansavelmente para outras galáxias,
e sim, uma espetáculo de imagens de outros planetas, que por enquanto vão ficar só na ficção.
O diretor James Gray - que co-escreveu o filme com Ethan Gross, de Fringe - cria sua própria visão do espaço que se destaca da multidão.
É uma visão deprimente de como seria uma viagem espacial, com os voos da Virgin Atlantic oferecendo pacotes caros e a preocupante jornada mental e emocional de seu personagem principal. Será que conseguiríamos ficar viajando por 72 semanas? Fiquei curiosa e com claustrofobia só de pensar.
Entregando seu segundo excelente desempenho do ano, Brad Pitt se destaca como Roy McBride, especialmente quando grande parte do Ad Astra se concentra nele. É um papel complicado quando Roy é excluído da missão, após ser usado pelo governo para se comunicar com seu pai. O momento em que Roy quebra o protocolo, lendo uma carta pessoal para o pai é ainda mais comovente pois torna o personagem frágil e real, nada parecido com aquele astronauta frio do início do filme.
Ad Astra é um prato cheio para Brad Pitt, já que o elenco de apoio tem relativamente pouco a fazer. Liv Tyler é mais uma participação especial do que um papel, enquanto há breves participações de artistas como Natasha Lyonne e Donald Sutherland. Ruth Negga e Tommy Lee Jones causam o maior impacto, como Helen Lantos e Clifford McBride, ambos críticos para a jornada emocional de Roy. Mas isso não é apenas uma ficção científica cerebral. Perguntas são feitas e pensamentos são provocados, mas Gray também traz a emoção de acompanhá-los.
O filme se torna mais lento no fim, mas nada que apague o brilho do filme. Muitas perguntas ficam sem respostas, e a gente sai do filme se perguntando quando será as próximas expedições para a lua ou saturno, talvez? O título do filme 'ad astra', é em latim, pode ser traduzido ,"para as estrelas".
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