RESENHA CRÍTICA: Ainbo - A Guerreira da Amazônia
Dia das crianças chegando e com essa data tão especial, não podíamos deixar de trazer uma resenha para a criançada também, não é mesmo? A resenha de hoje é da animação ‘Ainbo- A Guerreira da Amazônia’ é o grande destaque do cinema para o período do dia das crianças. A nossa equipe já assistiu e trouxe uma resenha fresquinha para os papais e as crianças, é claro.
Ainbo é a história de uma jovem garota de 13 anos que nasceu e cresceu nas profundezas selva da Amazônia na aldeia de Candamo. Ainbo é esperta, corajosa e aventureira. Isso podemos ver pela sua força e garra ao desvendar a aldeia. Uma de suas maiores vontades é se tornar a maior caçadora da Amazônia. Em mais um dia se aventurando pela aldeia, a menina descobre que sua terra natal está sendo ameaçada e percebe que há outros humanos além de seu povo no mundo querendo destruir seu lar, Ainbo segue em uma aventura pela Amazônia com seus guias espirituais, o tatu magricelo “ Dillo” e a anta corpulenta “ Vaca”, ela em uma jornada para buscar a ajuda do mais poderoso Espírito Materno da Amazônia, a tartaruga “Motelo Mama”. Enquanto Ainbo luta para salvar seu paraíso contra a ganância e exploração elegal do ouro, ela também briga para reverter a destruição e o mal iminente do “Yacaruna”, o demônio mais sombrio que vive na Amazônia. Guiada pelo espírito de sua mãe, Ainbo está determinada a salvar sua terra e seu povo antes que seja tarde demais.
O filme é leve e traz uma mensagem muito importante para as crianças e suas famílias sobre a preservação do nosso lar: A Amazônia.Algumas questões históricas, como a extração do ouro em terras indígenas, a poluição e o desmatamento da floresta mais famosa do mundo, vem como tema central dessa história infantil tão cheia de significado. A força da guerreira e a representatividade feminina na animação nos faz ver a importância de papéis femininos de heroínas para as crianças se enxergarem como tais,pois meninas também podem salvar o mundo e prova disso são as protagonistas da história que salvam a sua aldeia. O filme também traz a força da ancestralidade, com rituais e histórias de espíritos que rondam a aldeia, seja para o bem ou para o mal.
Mas nem só de assunto sério sobrevive a animação. O filme ainda nos diverte e nos emociona com a força da amizade entre as meninas, a família como força para Ainbo, e nos mostra que os animais são os nossos amigos, nossos “gurus” da vida.
Temos uma animação rica em detalhes e bem colorida que traz mais do que uma aventura na floresta, traz uma reflexão para os pais sobre a importância da preservação do que temos hoje para essa geração, que hoje vê o filme apenas como uma história bonita e colorida, mas quando os pais explicarem a importância de proteger a floresta, os animais e o planeta elas irão entender tudo que Ainbo fez pelo seu povo. Uma crítica negativa que eu faço a animação é a rapidez com que tudo é contado e não temos tempo de entender como de uma cena mal resolvida, já somos levados a outra questão completamente diferente. Eu entendo que o diretor queria explorar as várias questões que hoje temos quando ouvimos falar na floresta Amazônica, mas isso acabou deixando o filme um pouco confuso.
Enganasse quem pensa que o filme é braisleiro, não. Ele é peruano e foi dirigido por dois diretores com nacionalidades diferentes: José Zelada , peruano e Richard Claus, alemão. A animação tem 83 min (1h24min);
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