RESENHA CRÍTICA: BATMAN
RESENHA BATMAN:
O filme Batman alcançou a expectativa que muitos estavam esperando em relação a ação e a interpretação de Robert Pattinson. O homem-morcego órfão que se reinventou e assumiu o protagonismo após a morte de sua família, começa a proteger a cidade caótica de Gotham City, em troca de fazer justiça por ele e por todos. O visual apocalíptico, traz para o filme a noite de halloween como palco principal para as aparições de Batman. O suspense pela presença de Batman logo no início do filme é uma boa aposta, já que ficamos procurando através da silhueta o protagonista do filme, mas a sua entrada é no momento certo, com todos os detalhes de uma grande produção.
Mas o que esse Batman traz para a audiência fervorosa por ação e aventura?
O filme traz um personagem órfão em um grau quase doloroso, onde seu passa tempo se concentra em esmurrar bandidos mesquinhos em becos sombrios e em plataformas de metrô, o Charada (um Paul Dano genuinamente perturbador ) surge para expor os bandidos de colarinho branco escondidos nos mais altos níveis de poder. Ambos os homens são vigilantes, embora um esteja preocupado em ajudar a polícia, enquanto o outro tem como alvo a corrupção sistêmica que mina nossa fé em tais instituições – em Gotham City, com certeza, mas também fora da tela.
A corrupção é o tema central da cidade de Gotham City. Ambos os personagens estão em busca de acabar com a corrupção que assola a cidade, gerando desemprego, desigualdade e muita corrupção e desordem na cidade. A ficção é o palco principal da nossa realidade. Mas quem anda fazendo ‘justiça’ com as próprias mãos na cidade? Logo de cara somos levados a assistir o primeiro crime brutal do grande vilão, ‘charada’. "Chega de MENTIRAS”, diz a acusação vermelho-sangue rabiscada no rosto da primeira vítima do Charada, o atual candidato desagradável a prefeito de Gotham (Rupert Penry-Jones). Esse é apenas um dos vários assassinatos horríveis cometidos por esse vingador maníaco, que é tão pervertido e hipócrita quanto aquele doentio dos filmes de Jogos Mortais. Edward Nashton, também conhecido como Charada, usa óculos no maior estilo fundo de garrafa e o que parece ser um capuz de fetiche de couro (acaba sendo uma máscara de combate de inverno), transmitindo ao vivo seus jogos mentais em uma espécie de live em rede social de stream para malucos da conspiração que buscam justiça cometendo crimes ainda piores. Mas aqui está a reviravolta: realmente há uma conspiração entre as mais poderosas de Gotham, uma que remonta à família Wayne, e cabe a Bruce desembaraçá-la antes que destrua a cidade. Por que ele? O Charada atraiu o Batman, A todo o momento o recado de ‘charada’ é direcionado ao Batman, e ao longo do filme, ele vai deixando cada vez mais claro que seu principal alvo é Bruce Wayne.
A cidade está devastada por uma grande epidemia de narcóticos, cortesia de uma droga de rua chamada “drops”, a cidade se encontra enfrentando um nível de desordem em algum lugar entre uma Manhattan e os minutos finais de “Coringa”, de Todd Phillips, embora os dois filmes existem em diferentes dimensões do mesmo multiverso de Gotham. Reeves apresenta a versão mais robusta de Gotham que vimos desde “Batman”, de Tim Burton, de 1989.
A cidade é claramente modelada no perfil da cidade de Nova York, com grandes telões, grandes lojas e muita movimentação. Já que estamos comparando a cidade de Gotham City com Nova York, não podemos deixar de falar do equivalente a arena do Madison Square Garden, onde o final acontece. Às vezes, Batman examina a cidade de um andar superior de um arranha-céu semi-construído. Caso contrário, ele se aproxima do nível da rua em seu Batcycle, eventualmente atualizando para um muscle car turbinado (cuja revelação é uma das grandes emoções do filme). Sim, não só eu mas outras pessoas da audiência ficamos esperando a entrada triunfal do Batmóvel, mas quando acontece, é um marco.
O NOVO BATMAN:
O superpoder de Bruce Wayne é sua fortuna de bilhões de dólares, mas o cara por trás da máscara quebra e sangra como qualquer outra pessoa – um ponto que Reeves nos lembra com um take das costas nuas de Pattinson, cobertas de cicatrizes. Em vez de se apoiar em um tema, a trilha sonora de Michael Giacchino surpreende, variando de tambores tribais tensos a Nirvana e ópera, enquanto os editores evitam ângulos óbvios, deixando espaços silenciosos para o público processar (e questionar) o que está acontecendo. E isso faz parte do novo cinema, por mais que pareça óbvio o que vai acontecer, o ângulo muda a nossa perspectiva do que vem por aí. E em Batman acontece muitas tomadas por diversos ângulos e uma sincronia absurda nas tomadas de lutas e perseguições de tirar o fôlego pelas ruas de G.C.
Uma das críticas que mais li foi o fato do batman ser mais sério e não sorrir. Na minha opinião, vi um batman/bruce Wayne mais pensativo e com as mágoas, que todo orfão tem após perder sua família, e se ver no mundo com muito dinheiro, mas sem felicidade e sem amigos. O que assistimos foi um show de atuação de Robert Pattinson, dando a Batman uma expressão corporal só dele e isso vai ficar marcado par sempre. Ouvi aplausos, no fim da sessão e críticos falando que esse era o melhor batman de todos os tempos. Se fosse para manter um padrão de atuação, não teriam escolhido outro ator. Tanto Batman quanto Bruce Wayne tem seus estilos transformado pela atuação de Robert. Bruce é mais sombrio, mesmo sendo bad boy, solitário e sofrido, ele tem um ar que é só dele e isso ficou bem claro durante todo o filme. Sem sorriso e isso acaba sendo uam marca do personagem. Isso não quer dizer que não vemos os dentes dele, em certos momentos do filme, mas ele conseguiu manter essa áurea bem definida.
CHARADA E MULHER GATO
Os esquemas do Charada são genuinamente assustadores, se igualando a jogos mortais com tamanha brutalidade, como a coleira explosiva com controle remoto presa ao promotor drogado de Peter Sarsgaard, Gil Colson, por exemplo. A ideia aqui é que alguns dos oficiais de alto escalão de Gotham – além da garçonete Selina Kyle (Kravitz) – estão de alguma forma misturados com Falcone, e o Charada se encarregou de limpar o sistema de tais elementos. As especificidades intrincadas de “Chinatown” de como o governo da cidade está entrelaçado com o crime organizado pode fazer sua cabeça girar, embora Reeves o exponha de forma relativamente elegante, de modo que o público possa acompanhar as muitas reviravoltas da investigação de Batman.
Charada é um bom vilão, com sua loucura como porta de entrada para seus principais crimes. O que podemos perceber é que charada tem algo em comum com batman/bruce wayne e com o próprio coringa. Primeiro, Charada é um dos órfãos do orfanato que a família Wayne administrava, e quando o prefeito, pai de bruce morre, todas as atenções são voltadas para o pequeno orfão Bruce Wayne e isso o deixa muito abalado, pois ele não entende que gente rica sofra e fique triste, mesmo sendo bilionário e vivendo com o bom e o melhor. Com todos esses traumas, Charada me faz lembrar do descaso em relação a saúde mental de seus moradores, o que foi muito bem tratado em ‘Coringa’. Todos esses traumas levaram essas pessoas a desenvolverem doenças mentais e a jogar no mundo suas frustações e tentar resolver por conta própria todas as suas raivas. E de fato, isso aconteceu. A população está ficando cada vez mais louca, e novos vilões vão surgindo, sem super poderes, usando a sua maior arma, sua mente.
MULHER GATO
Zoë Kravitz, a mulher gato mais simples e enigmática que já passou por batman. Com suas magoas e segredos, Selina não é apenas apresentada como parceira de cena de Batman, ela tem a sua história e seus dilemas. Se bem que a mulher gato está em desenvolvimento para algo maior e isso é claro durante o filme. Com boas cenas de luta e um humor ácido, mas que a gente ama. Ela não decepciona e até é importante em algumas cenas de resgate do próprio protagonista. Não poderiamos deixar de falar sobre a parceria de Zoe e Pattinson. Os dois formam uma boa dupla, pois tem química e aparecem bem em todas as cenas deles. Ela bem decidida e com pé atras com todos, ele tentando dominar e juntar forças com ela, para juntos investigarem os crimes da cidade. É uma dupla é tanto.
No geral, o filme é gigante visualmente e tecnicamente. Possuem grandes cenas de luta, takes diferenciados e muita sincronia nas lutas. Realmente, as cenas ficam muito maiores e melhores vista da sala IMAX. O elenco é bem confiante e cativa a audiÊncia que fica ansiosa pelo próximo passo que o elenco vai dar. Um filme que entrega muita ação e encanta pelo luxo da super produção e investimento.
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