Resenha crítica: Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (2025)
Antes de mais nada, assistir ao filme original de 2003 antes de ir ao cinema foi uma excelente ideia para deixar a mente fresca e captar todas as referências que o novo filme traz de forma magistral. Relembrar os rostos que estrearam e que retornaram para essa sequência torna a experiência ainda mais especial. Esta resenha será dividida em três partes: elenco, estilo do filme e minha opinião geral.
Elenco
O elenco é um grande acerto. A decisão de manter os personagens originais neste reboot permitiu ao público acompanhar o que aconteceu com cada um deles e como suas vidas evoluíram. A história começa apresentando Anna Coleman, agora com 35 anos, mãe solteira, tentando conciliar a vida de produtora de uma grande estrela musical com a maternidade, de forma evoluída e compreensiva com sua filha mais nova, Harper. Anna não perdeu nada de seu carisma e jeito único.
Os conflitos que ela vive são similares aos que teve com sua mãe, Tessa, anos atrás. De certa forma, as coisas se repetem, assim como em 2003. Anna se apaixona pelo pai de Lily, maior rival de Harper na escola, uma história que soa familiar, não é mesmo? As duas adolescentes não se entendem de jeito algum, protagonizando conflitos bobos típicos do universo escolar. Mas o que fazer quando os pais se apaixonam e elas precisam se entender, afinal vão formar uma família? O conflito está lá, bem amarrado, embora eu tenha sentido falta de uma explicação sobre o pai de Harper, ex-companheiro de Anna. O que aconteceu? Por que não estão juntos?
Já Tessa, a maravilhosa terapeuta, retorna mais jovial e pronta para acompanhar as loucuras da filha e da neta. O conflito principal desta vez está nas adolescentes, que precisam aprender a conviver, pois logo serão “irmãs”. Durante a despedida de solteira de Anna, ocorre uma troca inusitada de corpos. Só que agora, em quarteto, não mais em dupla, e com uma cartomante meio doidinha em vez dos tradicionais biscoitos da sorte. Fiz até um infográfico para ilustrar a complexidade dessa troca que, confesso, até eu achei confusa:
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Anna troca de corpo com a filha Harper
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Lily troca de corpo com Tessa
As estrelas originais Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis retornam como a dupla principal de mãe e filha. O elenco também conta com Julia Butters, Sophia Hammons, Manny Jacinto, Mark Harmon, Chad Michael Murray e Maitreyi Ramakrishnan.
Novas personagens são apresentadas na história: Lily Davis (Sophia Hammons) e a cantora agenciada por Anna (Maitreyi Ramakrishnan). Lily é a grande rival de Harper na escola, mas as duas precisam aprender a se entender, afinal, estão prestes a se tornar meias-irmãs, já que seus pais decidem se envolver romanticamente.
Já Maitreyi entra na trama como uma estrela da música pop, agenciada por Anna. Aliás, sua personagem é justamente quem incentiva Anna a retomar os palcos com sua antiga banda, trazendo um arco de reconexão com o passado e empoderamento pessoal.
Chad Michael Murray (Jake) retorna à trama ainda mais apaixonado por Tess do que imaginávamos. A química entre eles continua ótima, natural, envolvente e cheia de nostalgia.
Estilo do Filme e Impressões Gerais
Tudo funciona muito bem nesta sequência de Uma Sexta-Feira Muito Louca. As piadas, os reencontros inusitados e os paralelos entre as histórias de Anna e Harper dão ritmo ao filme. Ver essa continuidade, perceber que a vida pode repetir padrões e que amores antigos reaparecem, é uma reflexão leve e divertida. O filme serve como um espelho do que aconteceu anos atrás, mas de uma forma moderna e propositalmente clichê, do jeito que a gente ama.
A escolha do elenco é excelente. Fico feliz que parte do elenco original tenha retornado, e os novos personagens se encaixam muito bem na história.
Opinião Final
O que posso dizer? Durante a sessão, você se sente feliz, emocionado e empolgado por estar no cinema assistindo a um filme que não traz grandes questões ou efeitos especiais, mas que transmite uma sensação de acolhimento, nostalgia e paz no coração. Saí da sala animada, pois não estragaram a sequência. Não transformaram a história em um musical sem noção, fizeram uma sequência direta, divertida e eficiente, com um elenco afinado.
Recomendo muito! Pode ir assistir que vocês não vão se arrepender.
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